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Dificuldade Alimentar

Dificuldade Alimentar

Olá, pessoal!


Como vocês estão?


Hoje vamos falar sobre um assunto que deixa muitas mamães escabeladas!!!

 

         Dificuldade alimentar


Esse problema, muitas vezes, vai muito além da criança comer ou não. Essa questão, geralmente, é multifatorial e necessita de uma avaliação multiprofissional, por isso o que vou trazer hoje é mais para ficarmos atentos a conduta que iremos ter ao nos debatermos com esse fato.

Tentarei elucidar e demonstrar condutas a tomar frente a essa situação que é desesperadora para quem sonha com o filho comendo frutas, verduras e legumes com toda a vontade do mundo.

Comumente o problema alimentar esgota a energia dos pais e faz com que o momento da refeição se torne uma verdadeira batalha. Mas será que podemos auxiliar a criança a comer sem dificuldades?

A resposta para essa pergunta é SIM! E isso pode ser mais fácil do que parece.Apenas precisamos pensar que a nossa forma de lidar com essa situação pode ser determinante para esse processo.Lembre-se os filhos seguem o exemplo dos pais.

Então comece tendo CALMA! Com o descontrole gerado durante uma negação por um novo alimento ou um prato de comida a criança fica estressada e começa a medir forças com você, executando um plano de como irá afetar os pais aumentando ainda mais a recusa alimentar.

Outro ponto é se colocar no lugar da criança.Mas Nutri, como assim?

Bem... Você gosta de todos os tipos de alimentos? De todas as formas de preparações? Eu, por exemplo, não gosto muito de mostarda, mas adoro espinafre, que é do mesmo grupo alimentar como também a couve, não gosto dela cozida, mas AMO ela crua.
Pensem nisso...

Quando o seu filho come mal você começa a delinear mil planos para convencê-lo a comer aquele alimento, no entanto, na maioria das vezes, isso não funciona. Porque, muitas vezes, isso não é por causa de não gostar daquele alimento e sim por quererem atenção ou simplesmente para chamar a atenção de seus pais que não estão tão presentes quanto pensam.
Só que nós adultos tendemos a achar que isso é infantilidade, que é capricho, que a criança está achando que manda alguma coisa e precisa ser punida. Será mesmo?

O não comer é a forma mais tradicional da criança dizer que EXISTE, que está aqui e que necessita de atenção. E ela sabe disso!!

Mas, voltando ao assunto da empatia... Colocar-se no lugar do outro... Isso é categórico!! No momento de confusão, durante a recusa alimentar, devemos nos colocar no lugar dele e tratá-lo como gostaríamos de sermos tratados. Demonstre que compreende o que ele está passando, olhe no olho e aí sim, tente entender o que ele está querendo dizer com aquele comportamento.Demonstrar interesse e querer saber a opinião da criança é fundamental para ganharmos a batalha, ou melhor, conduzirmos essa luta para um final feliz.

Perguntar de que maneira preferiria aquele alimento ou qual alimento dentre algumas opções ele gostaria de comer é um bom começo. No entanto, lembre-se que você é o responsável e sempre tomará as decisões finais, conduzindo a criança para que seja um comum acordo. Tome as rédeas da situação com muito amor e carinho e aos poucos a criança entenderá que o limite dado para as suas escolhas não é um castigo e sim um cuidado.

Agora que tudo está nos eixos e que a criança já entendeu que nem tudo que ela quiser terá, além de que faz parte do seu cuidado a escolha de alimentos saudáveis, é importante realizar o reforço positivo que nada mais é do que você o estimular, mostrando o quanto é importante ele ter tomado a decisão adequada na sua escolha alimentar. Porém, é fundamental cuidarmos a forma como fazemos isso, já que elogios exagerados podem levar a criança a pensar que é perfeita e o tiro sair pela culatra. Elogie, mas demonstre que ele pode mais e que está no caminho para isso. As críticas são importantes para o crescimento pessoal da criança, no entanto se forem com tom de briga pode ser um motivo para desencadear uma afronta e o processo todo estar perdido.

Vocês pais são os referenciais, dessa forma com suas ações vocês estão moldando e conduzindo a formação de seus filhos, assim evite julgamentos. Use sempre suas palavras para elucidar, incentivar, ajudar e construir uma escolha oportuna para cada momento da vida deles.

Sei que isso tudo pode parecer difícil de ser realizado durante uma crise de gritos e choros na refeição de almoço ou jantar com os amigos e que quando se fala em educação e formação de filhos existem muitas pessoas para realizar julgamentos e palpitar sobre os erros que cometemos no ensinamento deles, o que você precisa nesse momento é demonstrar que estão trabalhando para resolver tudo isso. Então, se perguntarem a você se seu filho se alimenta bem, diga que vocês estão se esforçando e que a alimentação dele está melhorando a cada dia. O importante é não desistir! Como disse, pessoas para opinar serão muitas! Não deixe que isso afete o desempenho de vocês com relação a dificuldade alimentar.

Por fim, quero dizer para não se culparem. A dificuldade alimentar de seu filho não é culpa sua!! Entenda que apesar de tudo, você fez o seu melhor. O fato de você influenciar no comportamento alimentar de seu filho não significa que você seja culpada por ele. As crianças comerem mal é muito mais frequente do que você imagina. Se você conversar com um grupo de pais, verá que a maioria sofre pelo mesmo problema e, como disse anteriormente, a criança usa desse artificio para chamar a atenção dos pais conseguindo o que quer através da dificuldade alimentar.

Toda a construção do comportamento alimentar de seu filho é um processo e que espero que seja conduzido com tranquilidade e sabedoria, mas se em algum momento sentir-se atrapalhada conte comigo para ajudá-la. Vamos em frente na busca de hábitos alimentares adequados.

Um grande abraço da Nutri
Mônica Vohlbrecht