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Aditivos alimentares e risco de câncer

Aditivos alimentares e risco de câncer

Os aditivos alimentares vêm sendo adicionados aos alimentos a muito tempo, como por exemplo o sal que é a substância mais antiga adicionada aos alimentos para conservação.

Com o crescimento da população e o desenvolvimento das sociedades foi necessário o processamento dos alimentos a nível industrial e consequentemente a isso o uso de aditivos alimentares para preservá-los. Mas claro, que além da necessidade de produção, criaram-se alimentos para satisfazer modismos, preferências alimentares e marketing, o que faz muitos pais e mães pensar: quais alimentos posso ofertar ao meu filho sem ter riscos à saúde?

Realmente! Temos muitas dúvidas sobre o tipo de alimentos a ofertar as nossas crianças já que grande parte dos alimentos que são “indicados” para eles são alimentos industrializados, cheios de aditivos químicos. Então vem as perguntas...

Quem são esses aditivos???

Os aditivos alimentares podem ser definidos como sustâncias não nutritivas adicionadas intencionalmente aos alimentos para melhorar a aparência, aroma, sabor, cor, textura e conservação.

Então eles são bons?

Pelo lado de se melhorar a aparência, aroma, sabor, cor, textura e conservação, sim! No entanto, existem estudos que vem demonstrando que alimentos, os quais contém aditivos intencionais, tais como corantes, conservantes e antioxidantes artificiais, além de substâncias contaminantes, podem ter efeito mutagênico e carcinogênico em animais. Assim, acredita-se que vários tipos de cânceres no ser humano estejam relacionados ao consumo alimentar dessas substâncias.

Ainda não se sabe ao certo até que ponto o consumo de aditivos pode ter efeito cumulativo no organismo humano. Por isso, mesmo que baixas as concentrações dessas substâncias nos alimentos, devemos tomar cuidado!!!

É importante destacar que as crianças são o grupo mais vulnerável as reações adversas aos aditivos alimentares, já que é descrito na literatura algumas reações alérgicas e de carcinogenicidade. Tornando-se uma constante preocupação, pois práticas inadequadas de alimentação podem contribuir para o aumento da morbidade e mortalidade.

Sabe-se do efeito promotor ou protetor da dieta, mas é importante destacar que isso está diretamente associado com a qualidade dos nutrientes existentes nos alimentos, a quantidade consumida, as técnicas de conservação, como também de preparação desses alimentos. Por isso, que muitas vezes eu questiono durante o meu atendimento as formas de preparo dos alimentos e como eles são conservados em sua casa.  

É pertinente referir também que estas substâncias podem estar presentes nos alimentos como aditivos ou contaminantes oriundos de substâncias ambientais ou de uso na agricultura como os pesticidas. Do mesmo modo podem ser formadas durante o preparo dos alimentos ou processo de conservação em salmoura e gordura.

E como podemos minimizar esses efeitos no nosso corpo?

A capacidade de algumas dessas substâncias induzirem ao dano e mutação nas células dos seres humanos pode ser minimizada pelo sistema de defesa natural, tanto quanto por um eficiente sistema de desintoxicação celular e reparação do DNA, tudo isso, é claro, é se o organismo estiver em condições favoráveis!!

E como podemos identificar essas substâncias nos alimentos?

Entre os microcomponentes que apresentam potencial carcinogênico podemos destacar as nitrosaminas e o antioxidante butil hidroxianisol (BHA), como também alguns corantes artificiais, como a eritrosina e a tartrazina, os quais são encontrados em balas, fast fods, iogurtes, bebidas, cereais, carnes, farofas prontas, gelatinas, gomas de mascar entre outros.

Então, como fazer para evitar o consumo desses compostos?

Uma dieta equilibrada, bem como o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis desde a concepção até a velhice, seria fundamental para garantir a saúde das pessoas. Consumir frutas, verduras e legumes diariamente, de preferência orgânicos e da época, ao mesmo tempo que devemos priorizar a alimentação dos nossos ancestrais rica em grãos integrais e gorduras de boa qualidade, com consumo moderado de carnes, ovos e laticínios.

Pensando em nossos pequenos, a mãe deve garantir uma dieta saudável livre de alimentos ultraprocessados desde a concepção do feto. Com o nascimento, o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e complementado por 2 anos ou mais, assim como a introdução alimentar correta, com o consumo cuidadoso de carboidratos e gorduras, restringindo o consumo de alimentos industrializados que contenham em seus ingredientes produtos que vocês não encontram em suas dispensas. Tudo isso, pode contribuir para a diminuição da ocorrência de doenças nas próximas décadas.

Espero que tenha ajudado vocês!! Caso fiquem com dúvidas me mandem uma mensagem que ficarei muito feliz em responder!   

Beijos da Nutri

Mônica Vohlbrecht